segunda-feira, 10 de maio de 2010

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

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Finalmente minha ansiedade foi controlada e deu lugar ao êxtase.
Que beleza é assistir um Tim Burton; obra de arte mesmo, fico extasiada.
Sou uma pessoa que raciocina muito , mas lentamente. Tenho até dificuldade para entender completamente uma obra. Mas , claro sempre tiro meu proveito, e aí é que está a beleza da Arte, nas tantas possibilidades.
Por exemplo, Drummond declarou que num dos vestibulares da USP havia uma questão sobre uma de suas obras que nem ele mesmo saberia responder.
Lamentei não ter lido a obra de Lewis Carroll antes de assitir ao filme, afinal, Alice de Tim é uma continuação (e aqui fica minha dica, leia Alice antes de assistí-lo e na versão 3D sente-se nas poltronas da frente, muito mais real).
Porém, meu propósito é falar de outra menina neste post, o nome dela é Thamires Pestana (tem Pest por apelido,e logo direi o porquê), tem 11 anos a menos que eu e trabalhamos na mesma empresa.
Thamires é muito inteligente, quase experiente, como se tivesse vivido 40 e não 20 anos, e é super sincera. Daquelas sem papas na língua, que se revolta com certos assuntos, ou simplesmente quer mostrar sua opnião e por isso expõe de maneira explícita suas idéias. A torto e a direito!
Eu , talvez não demonstre como ela, minha experiência adquirida em dias a mais, porém, por gostar da garota, fui fazer uso do que viví e dizer a ela que quando formos dar nossa opinião, de preferência, que seja solicitada por alguém.
Mas, ela me respondeu que não concordava comigo, e que dizia o que pensava, porque quer que as pessoas, reflitam e sejam melhores.
Nossa cultura brasileira é de omissão de opniões sinceras, quando sua amiga pergunta se o vestido que pagou tão caro não é vulgar, dizemos aquele murcho : É bonitoooo...
A beleza de Alice está em sua fabulosa mensagem, que às vezes precisamos enfrentar certas situções para descobrirmos nossa força e realmente quem somos.
A Alice de Tim Burton volta do País das Maravilhas Thamires Pestana, decidida e super sincera.
Algumas, pessoas podem, como eu fiz, questionar o jeito, a postura do outro, mas a sinceridade da Thamires é como a grande cabeça da Rainha Vermelha,não surgiu por feitiçaria ou encantamento.
Pode até causar estranhamento, mas faz parte da incrívelmente bela diversidade humana.
Outra lição de Tim.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

CRIA

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Eu estava perdidamente por você apaixonada
Principalmente por sua sinceridade demasiada
Você me traduzia tão sábia e facilmente
Transformando sentimentos duros em palavras,docemente

Eu te admirava e te exibia
Porque eu cria que tua singeleza tocaria
Até os corações mais adormecidos
E que depois de ti não se sentiriam esquecidos

Eu temia perder-te de tal forma
Que te carregava como um devoto torna
Leve carregar a pesada cruz nas costas
Te trazia em meu colo e nunca diria me esgotas

Havia te encontrado há pouco tempo
E nem sentia as horas passarem com o vento
Eu adormecia num sono tranquilo
Com a certeza de repetirmos tudo aquilo

De repente fui surpreendida, alguém te tomou-me
Sem entender-te, nem saber teu nome
Tú, ingenuamente, te deixastes levar
Eu, atônita mal sabia o quê falar

Até que depois de tanto sofrer
Como uma mãe que com tanto amor e querer
Perde seu filho sem entender o porquê
( Tú eras meu rebento e sem ti queria morrer)

Descobrí que não eras exatamente o que eu pensava
Era apenas o reflexo de algo que eu tanto buscava
Algo que não podia ser nunca roubado
Porque vivia dentro de mim guardado

Voltastes pelo mesmo caminho sem fim
Já que, na verdade, eu que de ti nascia
E tú não nascestes de mim
Eu tua cria, tú minha poesia


T.Pinheiro (depois de ser assaltada num farol da Praça da Sé e levarem uma de minhas poesias)